domingo, 16 de dezembro de 2007

ADEUS, DONA HÉRNIA.

Bom, hoje é o último dia da temporada do Cocoonings. A gente volta em Janeiro. Foi importante esta temporada. O grupo conseguiu sair do vermelho, e digo do vermelho mesmo, o vermelho financeiro. Conseguimos pagar débitos como o do aluguel do lugar onde guardávamos os cenários e as demais bugingangas do Cemitério. E foi bem legal de fazer também. Me diverti um bocado em cena com o Robocop e um outro bocado lá no camarim ouvindo a Mariana, a Fabiana e o Gustavo Brandão se divertirem também. Grandes pessoas, grandes amigos. Estou feliz também por ter mais uma vez trabalhado com o Gabriel, que é meio o cara que me lançou no teatro, digo meio, sem nenhum demérito ou falta de gratidão (o Gabriel me lançou como ator), e sim porque, se alguma coisa eu faço no teatro, no meio de pessoas tão fodidas e em um grupo tão fodido como o Cemitério (veja bem, um grupo que pode se dar ao luxo de ter alguém como o Marcelo na técnica) é por causa de pessoas como a Fernanda que, além de me permitir observar de perto todo o seu talento, também me ajudou e ajuda a dar rumo à minha vida. Mas é principalmente por causa do Mário. O Mário fez de mim um cara de teatro - se o pai do meu brother Douglas Kim diz que tem um filho poeta, meu pai, apesar de nunca ter ido a sequer uma peça em que atuei, diz que faço parte de um grupo de teatro.
Enfim , estou bastante feliz, depois de um ano difícil em inúmeros sentidos, depois de ter passado o que passei por conta da minha hérnia de disco, depois de ter enfrentado (nunca me faltou coragem e convicção em meus sentimentos) coisas relacionadas à minha vida afetiva como enfrentei, ter conseguido fazer duas peças na Mostra de 25 anos do Cemitério - Chapa Quente e Ovelhas -ter conseguido atuar em 4 curtas metragens bacanas, sendo que um deles, o único que já está pronto, ter conseguido ser selecionado para algumas coisas legais, e, ainda por cima, encerrar o ano com uma temporada tão bacana como esta do Cocoonings, é de se orgulhar.
Eu sei que não sou um "grande ator"( O Nelsinho vai me ajudar a dar um jeito nisso), mas também não tenho uma carreira tão extensa assim. Eu não escrevi um livro. Não dirigi nenhum espetáculo de teatro. Não plantei a porra da árvore. Mas tenho vida e luta pela frente. Talvez eu seja um romântico, um sonhador ou até mesmo um iludido, mas se isso é ilusão, de nada me serve a realidade.
Hoje me despeço do adonahernia. É, isto está ficando por aqui. Mas não me excluam de seus blogs ainda. Não desistam de saber se eu tenho alguma coisa a dizer. Não ainda. Estou mudando de casa. Estou mudando de rumo. Estou corrigindo o foco no meio do travelling para me distorcer melhor. Já estou de blog pronto vindo por aí. Na verdade, estou apenas começando... ou recomeçando...em tudo... novamente.

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