Bom, hoje é o último dia da temporada do Cocoonings. A gente volta em Janeiro. Foi importante esta temporada. O grupo conseguiu sair do vermelho, e digo do vermelho mesmo, o vermelho financeiro. Conseguimos pagar débitos como o do aluguel do lugar onde guardávamos os cenários e as demais bugingangas do Cemitério. E foi bem legal de fazer também. Me diverti um bocado em cena com o Robocop e um outro bocado lá no camarim ouvindo a Mariana, a Fabiana e o Gustavo Brandão se divertirem também. Grandes pessoas, grandes amigos. Estou feliz também por ter mais uma vez trabalhado com o Gabriel, que é meio o cara que me lançou no teatro, digo meio, sem nenhum demérito ou falta de gratidão (o Gabriel me lançou como ator), e sim porque, se alguma coisa eu faço no teatro, no meio de pessoas tão fodidas e em um grupo tão fodido como o Cemitério (veja bem, um grupo que pode se dar ao luxo de ter alguém como o Marcelo na técnica) é por causa de pessoas como a Fernanda que, além de me permitir observar de perto todo o seu talento, também me ajudou e ajuda a dar rumo à minha vida. Mas é principalmente por causa do Mário. O Mário fez de mim um cara de teatro - se o pai do meu brother Douglas Kim diz que tem um filho poeta, meu pai, apesar de nunca ter ido a sequer uma peça em que atuei, diz que faço parte de um grupo de teatro.
Enfim , estou bastante feliz, depois de um ano difícil em inúmeros sentidos, depois de ter passado o que passei por conta da minha hérnia de disco, depois de ter enfrentado (nunca me faltou coragem e convicção em meus sentimentos) coisas relacionadas à minha vida afetiva como enfrentei, ter conseguido fazer duas peças na Mostra de 25 anos do Cemitério - Chapa Quente e Ovelhas -ter conseguido atuar em 4 curtas metragens bacanas, sendo que um deles, o único que já está pronto, ter conseguido ser selecionado para algumas coisas legais, e, ainda por cima, encerrar o ano com uma temporada tão bacana como esta do Cocoonings, é de se orgulhar.
Eu sei que não sou um "grande ator"( O Nelsinho vai me ajudar a dar um jeito nisso), mas também não tenho uma carreira tão extensa assim. Eu não escrevi um livro. Não dirigi nenhum espetáculo de teatro. Não plantei a porra da árvore. Mas tenho vida e luta pela frente. Talvez eu seja um romântico, um sonhador ou até mesmo um iludido, mas se isso é ilusão, de nada me serve a realidade.
Hoje me despeço do adonahernia. É, isto está ficando por aqui. Mas não me excluam de seus blogs ainda. Não desistam de saber se eu tenho alguma coisa a dizer. Não ainda. Estou mudando de casa. Estou mudando de rumo. Estou corrigindo o foco no meio do travelling para me distorcer melhor. Já estou de blog pronto vindo por aí. Na verdade, estou apenas começando... ou recomeçando...em tudo... novamente.
domingo, 16 de dezembro de 2007
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